Voleibol melhora as capacidades físicas funcionais, coordenação motora, flexibilidade, força e resistência de quem pratica essa modalidade
O voleibol surgiu nos Estados Unidos em 1895. Seu criador foi William George Morgan, com a ideia de criar um esporte que tivesse pouco impacto e contato físico entre os adversários, com o intuito de evitar lesões.
No Brasil, o voleibol foi praticado pela primeira vez em 1915. Em 1984, a Seleção Brasileira de vôlei masculino ganhou a sua primeira medalha olímpica nos Jogos de Los Angeles. Embora tenha ficado com a medalha de prata, esse momento foi um grande passo para disseminar o vôlei no país. Os homens somam seis medalhas olímpicas, sendo três de ouro (1992, 2004 e 2016) e três de prata (1984, 2008 e 2012). A seleção feminina conquistou quatro medalhas olímpicas, sendo duas de ouro (2008 e 2012) e duas de bronze (1996 e 2000). No Brasil, também é muito difundido o vôlei de praia, que começou a ser praticado em 1930.
Em Flores da Cunha, as equipes Cramento e do C.E.R Cruzeiro representam o município nas competições da região e do Estado. No vôlei de praia, são dezenas de atletas que tem na modalidade a principal atividade esportiva. A auxiliar comercial Bárbara Carolini Hoffmann, 23 anos, conta que o gosto pelo voleibol começou por conta da mãe Andrea Aparecida Munsfeld Hoffmann, 48 anos, que jogou na época do colegial e voltou a jogar em 2020. “Quando eu era pequena acompanhava ela nos jogos e nos campeonatos pela região. Aprendi a jogar com ela e, com 11 anos, passei e treinar no Cemel, em Flores da Cunha, depois na equipe da UCS, fui para a Seleção Gaúcha e atuei pelo Osasco/SP. Em 2019, integrei a equipe Cramento Vôlei”, destaca Bárbara.
No final de 2019, Bárbara iniciou a trajetória no vôlei de praia. “Num primeiro momento não foi fácil, uma vez que a areia é pesada e o deslocamento torna-se mais complicado. Tive muitas dificuldades na parte do levantamento e no tempo de bola. Muito do aprendizado adquirido na areia acaba sendo levado para a quadra, o que nos dá uma vantagem, principalmente na agilidade e na leitura de jogo, frisou a atleta, que faz dupla com a florense Rafaela Zorzi.
No vôlei de quadra, o empresário Claudio Camarotto, 25 anos, atua na equipe do C.E.R Cruzeiro. Para o atleta, no vôlei de praia os dois atletas que compõem a dupla precisam ser completos em todos os fundamentos, seja na defesa, passe, levante, ataque ou bloqueio. Já na quadra, cada atleta da equipe tem uma função especifica. “Outra característica que difere bastante as duas categorias é a parte psicológica do atleta. Na quadra se o jogador não estiver bem o técnico pode fazer substituições, o que não acontece na areia, que muitas vezes o jogo é direcionado num jogador da dupla”, ressalta Camarotto, que costuma fazer dupla com o barbosense Eduardo Deuner.
Se na quadra os atletas usam muito a força para atacar, na praia a técnica também é muito importante. Na areia, Claudio conquistou vários títulos das etapas do SESC e o Open de Capão da Canoa, competição que contou com a presença de duplas de outros estados. Na quadra, conquistou o título do aberto, categoria mista de Flores da Cunha, e torneios disputados em Caxias do Sul atuando pelo C.E.R Cruzeiro.
Texto: Maicon Pan/Jornal O Florense
Fotos: Divulgação