16/08/2020 Diversos

ESPECIAL - Sinuca, um esporte eficaz para a saúde

A modalidade deixou de ser vista como “jogo de boteco” há muito tempo.

Sinuca, bilhar, o nome varia conforme a categoria, ou, até mesmo snooker, como também é chamado na Europa. A modalidade nasceu na Inglaterra, como válvula de escape para os militares daquele país. No Brasil, sofreu adaptações nas regras e quantidade de bolas, porém, aqui existem campeonatos que seguem tanto as regras brasileiras quanto as inglesas.

Em aproximadamente uma hora de jogo, o praticante percorre cerca de 2 km, além de trabalhar o alongamento do corpo. O adepto ao esporte faz cerca de 80 flexões durante uma partida e a oportunidade de exercitar a prática em cálculos matemáticos, onde aplicam-se leis da física e ampliam-se os conhecimentos sobre vetores.

Na sinuca, o que é comum a todas as variações é o uso de um taco, uma mesa com seis caçapas (buracos por onde as bolas descem) e uma bola branca. O jogador só pode encaçapar as outras bolas usando a bola branca, direcionando sua tacada para que tal bola atinja as outras na mesa. No estilo mais tradicional no Brasil, são usadas 15 bolas numeradas, com duas bolas de cada cor. Apenas a bola 8 tem cor diferente. A forma mais tradicional de jogar nessa configuração de mesa é simples, e é o melhor estilo para os iniciantes.

Em Flores da Cunha, os campeonatos começaram a ser realizados em 1994, na residência de Plinio Ferraz de Lima, onde se reuniam cerca para 30 participantes para a disputa, em duas mesas oficiais, dos primeiros campeonatos da modalidade. De acordo com o técnico contábil, 78 anos, era uma grande confraternização e os campeonatos duravam cerca de 10 meses. De 1998 até 2018 os torneios e campeonatos passaram a ser disputados no Clube Independente. “A sinuca e as competições eram e são uma grande integração entre amigos que ficou marcada e que permanece até hoje", destaca Plinio.

Para o atual presidente do Clube de Bilhar São Luiz, o engenheiro civil Elto Veadrigo, 60 anos, atualmente o clube local conta com cerca de 20 associados. O espaço é destinado exclusivamente para o esporte e conta com três mesas oficiais para os associados treinarem e se divertirem. “Além da prática da modalidade, o convívio aproximou os praticantes e hoje, convivemos como se fossemos uma grande família’’, explica Elto.

De acordo com Veadrigo, para se tornar um grande jogador, é preciso dedicar-se como em qualquer outro esporte. “Na sinuca os jogadores precisam ter técnica, postura, posicionamento correto e, o principal, estar bem mentalmente”, resume.

O engenheiro civil Andrey Moré, 38 anos, é sócio e um dos organizadores dos campeonatos do Clube São Luiz. Moré explica que há mais de 20 anos são realizados certames na cidade e que, além disso, vários atletas locais e sócios do clube participam de competições regionais organizadas em todo estado. Para Andrey, organizar e participar dos campeonatos torna-se algo muito gratificante pelo fato de contribuir para o crescimento do esporte.

Além dos campeonatos locais, em determinadas épocas do ano, Flores da Cunha recebe atletas de todo estado para os campeonatos regionais, reunindo muitos jogadores das mais variadas idades, promovendo a integração, divulgando a cidade como sendo uma referência neste esporte.

“A sinuca, além de ser vista como diversão, pode também ser vista como um esporte que nos traz tantos benefícios para a saúde física, mental e social quanto os outros esportes”, ressalta Moré.

Além de a sinuca ser um esporte gostoso de praticar, ela ajuda na saúde do corpo e da mente, mas quem ganha mesmo é o esportista que consegue unir a diversão de uma partida de sinuca com o prazer de praticar um esporte, que aliados podem garantir um corpo mais saudável e em forma.

Texto: Maicon Pan / Jornal O Florense
Fotos: Divulgação e Antonio Coloda