O tênis de mesa é um dos esportes mais populares que existem, com cerca de 300 milhões de praticantes em todo o mundo
O tênis de mesa, também chamado de ping-pong, é um esporte criado na Inglaterra, no século XIX. O jogo, que é uma adaptação do tênis de quadra, consiste na disputa de pontos entre jogadores que golpeiam a bola com suas raquetes sobre a área de jogo (mesa). O objetivo é impedir que o adversário consiga realizar a mesma ação e devolva a bola para a área de jogo. Em 1902, foi realizado o primeiro torneio oficial de tênis de mesa. Em 1926, foi criada a Federação Internacional de Tênis de Mesa (IFTT) e realizado o primeiro campeonato mundial da modalidade que, em 1988, foi oficializado como esporte olímpico.
O carioca Rossini Alves Carneiro Júnior, 39 anos, é instrutor de tênis de mesa e conheceu o ping-pong aos nove anos de idade, como forma de lazer e diversão. Nas férias, quando viajava para a casa de praia, em São Pedro da Aldeia, aproveitava para soltar pipa e jogar ping-pong com os pais e tios dos amigos. “Com 13 anos comecei a me destacar e, voltando para o Rio de Janeiro, um amigo do colégio onde estudava apresentou-me o Clube Light para treinar”, lembra Carneiro.
O instrutor foi se aprimorando e ganhando destaque dentro do esporte. Passou a treinar no Clube Municipal da Tijuca com o técnico Gilson Boscoli. “Aos poucos fui elevando meu nível técnico e comecei a treinar no Fluminense Futebol Clube, onde conheci os técnicos Inácio e Ricardo Lopes, que até hoje considero meus ídolos”, ressaltou Rossini, que é estudante de Educação Física e graduado em Meio Ambiente.
Quando veio morar em Flores da Cunha, no final de 2017, decidiu investir na modalidade e passou a dar aulas de tênis de mesa. “Em 2018 voltei a treinar, comecei a me destacar em alguns torneios regionais, conheci as equipes do tênis de mesa gaúcho, realizei alguns cursos para técnico e ingressei no curso de Educação Física”, salienta ele.
Para Rossini, o tênis de mesa melhora a concentração mão-olho, o desenvolvimento da velocidade mental, melhora os reflexos, queima calorias, melhora o equilíbrio, estimula o cérebro e os praticantes criam novos círculos de amizades.
O estudante Luiz Otávio Sparrenberger Terres, 7 anos, se identificou com o tênis de mesa desde a primeira experiência. Para a mãe Sandra Maria Sparrenberger, 49 anos, a intenção era fazer com que o filho praticasse capoeira, mas, pela questão dos horários, foi matriculado no tênis de mesa. “Estamos satisfeitos e o Luiz Otávio adorou a modalidade. Aos poucos está adquirindo postura, técnica e agilidade” ressalta.
O estudante Caetano Santos de Oliveira, 12 anos, conheceu a modalidade através da professora de capoeira Suéllen Negri. “Quando ela me falou, me interessei de imediato. Fiz uma aula teste, gostei e decidi continuar. Hoje treino uma hora por semana. Minha maior dificuldade foi a coordenação motora”, frisa o jovem, que também pratica capoeira.
O administrador de empresas, Paulo Roberto Debenetti, 42 anos, conta que o gosto pelo esporte surgiu na infância, ao acompanhar as olimpíadas e a participação do mesatenista brasileiro Hugo Hoyama. “O que mais me chama a atenção é a velocidade e efeitos colocados pelos atletas na bola”, destaca Debenetti.
A primeira experiência de Debenetti com o esporte foi na 5ª série, na Escola São Rafael. Entre os anos de 1997 e 2003, trabalhei em uma empresa em Caxias do Sul, onde a associação dos funcionários tinha uma mesa. Jogávamos nos intervalos de almoço e depois do expediente. Algumas vezes fazíamos até torneios internos”, recorda ele.
“Em 2019, ao ver um anúncio das aulas do professor Rossini me matriculei e, já na primeira aula, percebi que não sabia nada da modalidade. Depois de três meses de treinos comecei a melhorar o desempenho, acertar os movimentos e acabei gostando ainda mais do esporte. Me surpreendi positivamente com o esporte”, afirma o administrador.
Depois que começou a praticar o esporte, Debenetti buscou informações, assiste a vídeos que destacam as técnicas de jogo, além de vídeos de partidas da modalidade. “A prática do tênis de mesa melhorou meu condicionamento físico, minha concentração, persistência, reação rápida e eficaz. Eu recomendo este esporte em todas as escolas, como fazem os chineses. É um esporte barato, com gasto muito alto de energia, que ajuda no raciocínio rápido e tomada de decisão”, finaliza Paulo Roberto.
Uma partida é disputada em sets ímpares. Os torneios no âmbito nacional são disputados em cinco sets e, os internacionais, com limite de sete sets. Vence a partida o jogador que ganhar 3 ou 4 sets. A contagem do set é feita até onze pontos e, se houver empate, são somados mais dois pontos de vantagem.
Os jogadores utilizam três tipos de raquetes. Com lâmina plana e firme, feita em 85% com madeira natural e um dos lados coberto com borracha. A mesma pode ser manuseada de três formas, denominadas de clássica, caneta e classineta. Os acessórios necessários para a prática do esporte são, a mesa no formato retangular que mede 2,74 de comprimento e 1,52 de largura, a rede, é instalada na altura de 15,25 cm e 15,25 de comprimento para fora de cada lado e por fim, a bola, feita de material sintético celulóide ou plástico, com diâmetro de 40mm, cujo peso é de 2,74g (na cor laranja ou branca).
Texto: Maicon Pan/Jornal O Florense
Fotos: Suéllen Negri e Divulgação