O videogame é um lazer para todas as idades. Atualmente existem jogos direcionados para todas as idades.
O isolamento social, para conter o avanço do novo coronavírus, ofereceu para as pessoas um tempo precioso, algo raro na agitação do dia a dia. Mesmo aqueles que estão trabalhando em esquema home office conseguem tirar algumas horinhas para o lazer. E quem está aproveitando o período são os adeptos dos jogos de videogame, que têm aprimorado suas performances. Para o empresário Rodrigo Padilha Ribeiro, 40 anos, a primeira experiência com jogos foi marcante. “Eu tinha uns sete anos e morava em Novo Hamburgo. Nos reuníamos na casa de um colega de escola que morava na mesma rua para jogar Pac-Man no lendário Atari. Foi uma época que me marcou bastante”, lembra ele que sempre gostou de jogos. “Quando tinha 12 anos, meu pai abriu a locadora, onde as pessoas pagavam para jogar nos fliperamas. E depois dei continuidade na atividade até investirmos na atual loja do ramo de games. Tenho certeza que não vou me desgrudar nos próximos anos. Quero levar para minha velhice, passar para o meu neto. Isso faz parte de mim e da minha família”, ressalta ele que é conhecido como Donatello. Ele costuma jogar quase que diariamente. “Hoje o videogame não é uma exclusividade, até porque divido meu tempo com o meu neto, a esposa e os filhos, mas nessa quarentena estou aproveitando para jogar bastante para passar o tempo”, frisa.
O videogame é um lazer para todas as idades. Atualmente existem jogos direcionados para todas as idades. O game Minecraft é focado para crianças de cinco a 10 anos. Os jogos de futebol são voltados para um público jovem de 12 a 20 anos. Já os jogos de guerra, luta e tiro são para uma faixa etária mais adulta.
Conforme Donatello, alguns jogos até trazem semelhanças com a realidade atual, como por exemplo o Resident Evil 3 (RE3), lançado na última semana. O jogo fala sobre um vírus e uma pandemia que ocorre na cidade de Raccoon City. O jogo foi lançado há 20 anos e agora volta numa versão remasterizada. “Existem algumas coincidências com o que o mundo está enfrentando que, às vezes, pensamos não ser verdade”, diz.
Paixão
O estudante Gustavo Sonda, 12 anos, começou a jogar videogame em 2014. “Joguei PES 2013 pela primeira vez e me apaixonei, mesmo não tendo muita noção do jogo”, relembra Gustavo. Estudante do 7º ano, ele joga praticamente todos os dias, principalmente agora no isolamento social. Além dos jogos de futebol, Sonda costuma jogar Good Of War, Sonic e GTA 5. No Campeonato de Videogame FIFA20, organizado pelo Departamento de Esportes de Nova Pádua, Gustavo ficou com a 2ª colocação.
O empresário Felipe Alexandre Salvador, 42 anos, joga desde criança e já testou diversos consoles como Monojogo, Atari e Odissey, Master Sistem, Mega Drive, Phanton Sistem, Nintendo, Nintendo 64, PlayStation, Xbox360 e XBox One. “Sempre gostei de videogame porque ajuda no raciocínio lógico, agilidade, memória, reflexo, coordenação e atenção”, destaca Salvador.
No Xbox e PS4 é possível jogar multiplayer onde o jogador interage com até 150 pessoas. “Hoje nos reunimos em grupo e jogamos. Muitas vezes, jogamos juntos e algumas vezes uns contra os outros. Agora, com a chegada dos E-Games e E-Sports, os jogos de videogame estão crescendo e as pessoas estão jogando mais, seja por diversão, profissionalismo, ou para passar o tempo”, resume o jornalista, que tem preferência pelos jogos de FIFA20, Call Of Duty, Moder Warfare, Batlefield e F12019.
Texto: Maicon Pan/Jornal O Florense
Fotos: Arquivo Pessoal/Divulgação