Neste período de isolamento social, os jogos de mesa são uma ótima opção para passar o tempo
O xadrez é um jogo de tabuleiro, com 32 peças, de caráter competitivo, disputado entre dois participantes. Cada um é representado por peças de cores opostas, geralmente são utilizadas as pretas e as brancas. O objetivo do jogo é dar xeque mate, ou seja, conquistar o “rei” de seu adversário, representando o final da partida. E em tempos de isolamento social, o xadrez se torna um ótimo aliado para passar o tempo.
Conforme a professora Ivanete Maria Panazzolo, 54 anos, o jogo de tabuleiro ajuda na concentração, paciência, raciocínio lógico, atenção, respeito, habilidades cognitivas e pensamento estratégico. “Logo no início da minha carreira como professora de Educação Física, durante as aulas com jogos de mesa, alguns alunos me perguntavam como jogar xadrez e eu acabava ficando triste porque também não sabia jogar. Através da Secretaria de Educação tive a oportunidade de fazer o curso e de aprender um pouco sobre essa modalidade e acabei me apaixonando pelo xadrez”, lembra Ivanete.
Em 2014, ela foi convidada para trabalhar o xadrez com pais e alunos. “Aceitei o desafio e para mim foi ao mesmo tempo um grande aprendizado”, recorda. Durante seis anos, o projeto de xadrez sempre contou com vários alunos, e a grande maioria sem conhecimento de como se jogava. No curso, eles aprenderam o movimento de cada peça, seus valores, objetivo e de como usar o relógio numa partida. “Além de jogar xadrez, eu também tenho prazer em ensinar esse esporte para crianças e jovens”, destacou a professora.
A prefeitura de Flores da Cunha realiza o Campeonato Municipal de Xadrez desde 2014 para alunos e comunidade em geral. As escolas municipais ainda têm a opção de inscrever seus alunos no JERGS, campeonato estadual. A partir do 5º ano, o xadrez faz parte do conteúdo dos estudantes florenses. “Os alunos precisam ter muito empenho, dedicação e interesse para aprender essa pratica esportiva, pois exige muita concentração e atenção”, explica a professora.
Aprendizagem
Para jogar é necessário um tabuleiro composto por oito colunas e oito linhas, o que resulta em 64 casas possíveis para a mobilidade das peças. Elas são compostas de oito peões, duas torres, dois cavalos, dois bispos, uma rainha e um rei.
Cada peça tem sua particularidade no modo de movimentar-se sobre o tabuleiro. A movimentação das peças, por parte dos jogadores, é feita a partir de estratégia bastante pensada. É por isso que se costuma usar o xadrez como analogia para outras ações de estratégias. O vendedor Alberi de Arruda, 37 anos, fez o curso pela primeira vez em 2014, com o filho Enthony, de 13 anos. “Sempre gostamos de esportes de mesa e quando meu filho falou do curso, prontamente fizemos nossa inscrição com o objetivo de aprimorar ainda mais essa modalidade”, recorda. Para Enthony, o xadrez é uma lição de companheirismo entre os praticantes. “O xadrez me ensinou que, no esporte, temos que estar preparados para ganhar e perder”, frisa.
Em 2019, Alberi voltou a fazer o curso do Projeto Pais e Filhos no Xadrez, mas agora com o filho Enzo, de 7 anos. “Em média, jogamos uma vez por semana e nos finais de semana. Utilizo o relógio para jogar 10 minutos com o Enthony e 15 com o Enzo podendo aumentar para 20 e 30 minutos” explica ele. Uma ótima opção para aprender a jogar em tempos de isolamento social.
Texto: Maicon Pan/Jornal O Florense
Fotos: Arquivo Pessoal/Divulgação