01/03/2021 Diversos

ESPECIAL: "O basquete foi muito mais que um esporte"

Florense Guilherme Reginato é um adepto do esporte coletivo que auxilia no desenvolvimento físico e mental dos atletas

O basquetebol foi criado em 1891 pelo professor de Educação Fisica canadense James Naismith (1861-1940). O esporte surgiu como uma alternativa ao inverno rigoroso da região, em detrimento dos outros praticados ao ar livre como o basebol e o futebol. Além disso, a ideia original era criar um esporte menos violento que o futebol americano. Aliado a isso, Naismith pretendia integrar os alunos nas aulas de educação física e estimular a coletividade dos grupos.

O primeiro jogo oficial de basquete foi disputado em 1892, e teve uma plateia aproximada de 200 pessoas. Nesse mesmo ano, as mulheres começaram a praticar essa modalidade. Já a primeira partida feminina ocorreu em 1896, mesmo ano que o esporte chegou ao Brasil, trazido pelo norte-americano Augusto Louis.

O primeiro jogo de basquete olímpico aconteceu nos Jogos Olímpicos de Verão de 1936, em Berlim. Esse momento representou uma grande conquista para a disseminação do esporte pelo mundo. Hoje, cerca de 200 países são filiados à FIBA, Federação Internacional de Basquetebol. Essa organização foi fundada em 1932 e é responsável por organizar os eventos relacionados com o basquetebol em nível mundial. Atualmente, sua sede está localizada em Genebra, na Suíça.

Os jogadores são classificados em armadores, extremos e pivôs. Os armadores estão localizados no centro da quadra e, portanto, são a "cabeça" do time. Os extremos, como o nome indica, são aqueles que ficam próximo das linhas laterais. Já os pivôs, são responsáveis por maior parte dos arremessos de bola ao cesto. Geralmente, os pivôs são jogadores maiores e mais ágeis da equipe. São eles que recuperam a bola após os arremessos.

O consultor de marketing, o florense Guilherme Reginato, 25 anos, teve a primeira experiência com o basquetebol nas aulas de educação física, com nove anos. Com alguns treinos, já se destacava entre os colegas de turma. Guilherme foi convidado para fazer um teste na Universidade de Caxias do Sul, mas por conta dos custos com deslocamento acabou não fazendo o teste.  

A reaproximação com a modalidade aconteceu em 2017, quando Guilherme voltou a jogar. “Um dia comprei uma bola e fui até o Ginásio Poliesportivo fazer uns arremessos. A partir de então passei a praticar o esporte semanalmente. O basquete foi muito mais que um esporte. Com a prática da modalidade parei de fumar e essa foi uma das grandes conquistas da minha vida”, destaca Reginato.

Guilherme não chegou a jogar em equipes profissionais. Fez parte de equipes que disputaram campeonatos na região e em alguns municípios do Rio Grande do Sul, principalmente na modalidade 3x3, mas sem títulos expressivos. Para ele, quando o basquete e tratado com seriedade, mesmo que apenas por esporte, as pessoas têm uma vida mais saudável. “No basquete criei muitas amizades e aprendi a importância da coletividade, cooperar e trabalhar com inteligência”, frisa o atleta.

Reginato joga como armador e precisa estrategicamente armar o jogo e pensar na equipe como um todo. “Ter o papel de líder é fundamental para quem joga na posição de armador”, ressalta ele.

De acordo com Guilherme, as dificuldades para a prática do basquetebol é a falta de incentivo ao esporte. “Nossa sociedade é muito focada no futebol. Desde pequenos somos incentivados a praticar o futebol”, finalizou Reginato.

O empresário Cláudio Camarotto, 26 anos, começou a jogar com 11 anos, na equipe do Paese Basket, na Itália. “Como era o mais alto da turma, meus amigos insistiam para que eu jogasse e treinasse. A partir do primeiro treino me apaixonei pelo esporte. Os fundamentos do basquete são bem complicados no começo. De acordo com as regras do basquetebol o atleta precisa desenvolver uma boa coordenação motora para executar os mesmos”, relata Camarotto.

“O basquetebol requer técnica e força. Embora a força seja importante, a técnica sempre vai prevalecer no jogo”, esclarece o empresário. Para Claudio, a “enterrada” é a jogada mais difícil de ser executada. “É preciso criar espaço para penetrar no garrafão e ter uma boa impulsão para alcançar o aro e efetuar a jogada perfeita”, explica ele.

A preparação física para a prática do basquetebol demanda bastante desenvolvimento na parte peitoral e dos ombros, músculos muito usados nas principais jogadas, porém é um esporte que o corpo precisa ser “completo” das pernas aos membros superiores.

Cláudio destaca as amizades construídas ao longo dos anos que praticou o esporte. “Foram muitas as experiências e ensinamentos que apliquei ao longo da vida, como disciplina, foco e garra para alcançar os meus objetivos”, resumiu Camarotto.

Os Estados Unidos é um dos maiores destaques no basquete mundial. Alguns dos melhores jogadores americanos são: Magic Johnson, Michael Jordan, Oscar Robertson, LeBron James, Larry Bird, Bill Russell, Shaquille O’Neal, Kobe Bryant, Wilt Chamberlain e Kareem Abdul-Jabbar. A principal liga de basquete fica nos EUA, a National Basketball Association (NBA).

Uma novidade para 2020 é a inclusão da modalidade Basquete 3x3, que se aproxima muito do basquete jogado nas ruas, que é onde se joga basquete entre os amadores. São três jogadores em cada time, apenas uma cesta, em um jogo que dura 10 minutos ou até uma equipe marcar 21 pontos.

Texto: Maicon Pan
Fotos: Photo Volca/Divulgação