Decisivo, Boniatti ainda guarda uma boa parte dos troféus que ganhou ao longo da carreira. Durante essa trajetória vitoriosa, Roger valoriza algo muito maior do que as taças
Chegou ao fim, no dia 28 de dezembro, a Série Amadores Futebol Clube. Foram 14 matérias publicadas desde o dia 28 de setembro. A série apresentou histórias de quem vivencia as dificuldades, amizades, os jogos emocionantes, as disputas ferrenhas e os causos dos campos do interior.
O conteúdo produzido pelo repórter Cristiano Daros valoriza não apenas os próprios personagens: sejam eles jogadores, técnicos, dirigentes ou árbitros, mas cada comunidade que mantém vivo o sentimento do futebol amador.
Na edição do dia 28 de dezembro, o “decisivo” Roger Boniatti foi o destaque da serie. Confira o vídeo onde Roger conta algumas histórias de sua carreira.
– Sou um fanático por futebol. Por ter jogado e por assistir muitos jogos. Essa frase por si só não representa o quanto Roger Boniatti gosta da modalidade. As histórias dele no amador, enquanto jogava até quatro campeonatos concomitantes, poderão demonstrar mais como é esse relacionamento. Ainda mais quando ele jogava duas partidas no mesmo horário.
– Eu já joguei o primeiro tempo de um jogo em Nova Pádua, acabou e saí na corrida para jogar o restante em Flores da Cunha. Os campeonatos se coincidiam, conta Boniatti.
Essa história vai além: era normal marcar gols em ambas. "Pelo Paduense, joguei o primeiro tempo numa capela que se chamava Capoeirão. Fiz um gol de falta e saí para jogar pelo Cruzeiro de São Gotardo. Lá fiz dois. Fui até matéria do jornal O Florense por ter feito gols em duas partidas de campeonatos diferentes", relembra ele.
Além dos campeonatos concomitantes de futebol de campo, Roger também jogava dois torneios de futsal simultâneos e os gols sempre foram especialidade de Boniatti. Mesmo que sempre fosse um meia-esquerda, ele não tinha a característica de amador. Era matador e o seu diferencial estava nas bolas paradas.
"Fiz muito gol de falta. É até engraçado, porque dava falta na frente da área e a torcida já comemorava gol. Sempre era assim. Se não era gol, a bola passava muito perto. Teve um ano que fui goleador do campeonato de Nova Pádua com 21 gols e 15 foram de falta", destaca Boniatti.
A especialidade vem de longa data e não teve influência de atuações nas categorias de base de algum time. Ela passou pela porta da garagem do seu Remi e da dona Geni, seus pais. Na infância, o filho treinava muito em casa.
Aos 14 anos, Roger realizava o sonho de infância e conquistava o primeiro título da carreira defendendo o Paduense. Boniatti tem 17 títulos municipais, sendo nove em Nova Pádua e oito em Flores da Cunha.
Além do Paduense, Roger também defendeu as cores do Ferroviário, Cruzeiro (São Gotardo), Independente (Flores da Cunha) Corinthians (Mato Perso), Broca 18 (Futsal) e HSF (Futsal).
Os convites para 2018 já começaram. Mas será um ano de novidades para Boniatti. Até os jogos estão ameaçados, já que o primeiro filho nasce em março. Isso está fazendo repensar se estará em campo, mesmo que não admita verbalmente.
"Agora vai começar os veteranos e todos os times de Flores da Cunha já me procuraram. Estou dando uma segurada, porque vai nascer meu filho em março e não sei como vai ser. Vou jogar, mas acho que sem uma frequência tão grande", admite Boniatti.
Decisivo, Boniatti ainda guarda uma boa parte dos troféus que ganhou ao longo da carreira. Durante essa trajetória vitoriosa, Roger valoriza algo muito maior do que as taças.
"Conheço muita gente pelo esporte. Me abriu muitas portas, até de trabalho. O que eu levo do amador são as amizades que tenho. Não tem dinheiro que pague. Não fosse o esporte, não conheceria tanta gente", finalizou Roger.
Por: Maicon Pan